segunda-feira, 2 de março de 2009

Escolhas

Como sabemos que estamos no caminho certo de nossas vidas? Nunca se sabe. Temos que tentar, arriscar, dar as caras, tomar sopapo da vida. Recentemente, tenho conversado muito com amigos sobre estudo, faculdade e, consequentemente, futuro. Conclusões? Não sabemos mesmo se estamos estudando na área certa. Perdidos entre as antigas diversões e as atuais obrigações.
Escolher o futuro com apenas 17 ou 18 anos não é nada fácil. Temos que pensar em toda uma vida, carreira e, claro, em ganhar dinheiro muito novos e num curto período de tempo. Quando chega-se ao terceiro ano do ensino médio, somos obrigados - além de estudar feito um condenado - a pensar rapidamente no curso que iremos prestar ao final do ano. Alguns são impulsionados pelos próprios pais, destinados a prestar um curso que eles escolheram a vida toda por você; outros tentam definir sua futura profissão queimando todos os neoronios possíveis com as ideias mais bizarras. Gosto de ler, então farei letras; gosto números, logo farei matemática; gosto de bichinhos, farei veterinária; não gosto de nada, hippie é a solução - nada melhor que tocar flauta na praça da Sé todos os dias.
Não são todos que tem a sorte de acertar no curso de primeira; muitos desistem ou continuam frustrados em seus estudos. O fato de se achar dentro de qualquer coisa que for escolher é fundamental, de nada adianta estudar para qualquer que seja a área e não se identificar. Nem todo o dinheiro do mundo faz você ser feliz trabalhando. Nunca se engane pensando que aquela profissão é melhor porque dá mais dinheiro; até pode dar, mas você pode ser infeliz e gastar boa parte da sua vida pensando em ganhar dinheiro, e não aproveitar nenhum pouco. Mas também não vale escolher aquele curso que não terá futuro nenhum mesmo. Eu mesmo já havia pensado em prestar artes plásticas, não iria funcionar para mim. Tudo bem que muito menos agora conseguirei sair em férias maravilhosas pelo mundo.
E quando se pensa: será que estou certo nessa área? Tudo parece decepcionante, tedioso e outros adjetivos que não devem ser mencionados. Se estiver no primeiro ano, normal. O primeiro ano de cada curso, acredito eu, é uma das coisas mais tediosas, pura teoria. Saímos do ensino fundamental pensando que todas aquelas horas de estudo acabaram e agora é hora de colocar a mão na massa. Certo e errado: primeiro temos que estudar "tudo" de novo, só que agora da nossa futura profissão; depois chega a parte que sempre sonhamos, arregaçar as mangas.
Caso nada, nada mesmo, agrade, vale a pena desistir e buscar algo que realmente cative. Afinal, somos muito novos ainda para escolhas de uma vida inteira. É melhor desistir agora do que carregar uma bomba relógio dentro da cabeça e explodir em qualquer momento do futuro. Entretanto, existem situações e situações. Não são todos que podem dar ao luxo de desistir de um curso que demoraram ou batalharam para entrar. O que nos resta é pensar no que será o melhor para nossas vidas e, como sempre deve ser feito, arriscar. Afinal, a vida é cheia de riscos que devemos correr. No final, vale a pena.

2 comentários:

Gabriela Borini disse...

Putz, difícil. Acho que esses pensamentos aí já passaram na cabela de cada um da nossa sala. Na minha, pelo menos, eu garanto que passou. Agora, desistir no 3º ano é fueda, né? Mas não faça isso, hein. Você tem futuro como jornalismo, Rafa. Acredito em vc ;) Beijo

Sr. Arquiteto disse...

Acho que venho pensando nisso durante todos esses últimos tempos, o que desanima é saber que não há escolha.Mas, nem tudo na vida são flores né? Então...go go go