sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pois É



Mais uma semana, pouco agitada, adicionada ao Caso Isabella; notícias padronizadas tanto no Estado quanto na Folha, porém nada realmente revelador e marcante. A defesa continuou a negar o envolvimento do casal com a morte da garota, a polícia continua as investigações – mais testemunhas foram ouvidas, continuando assim, a soma logo passará dos dois dígitos -; a mídia cobrindo todo o caso como se fossem lobos em cima da carne, sem piedade, sem emoções, assim como o casal Nardoni – muita frieza é apresentada para um casal que acaba de perder a filha de forma tão cruel e trágica. Destaque para o Fantástico do domingo passado (20 de Abril) que mostrou a entrevista exclusiva com Alexandre e Anna Carolina, o promotor Francisco Cembranelli ressaltou que nessa entrevista os acusados agiram de forma diferente dos dias de interrogatórios; para a televisão, muito mais emoção foi mostrada do que foi realmente “na vida real”.

Estamos em um tipo de buraco, onde todos os dias mais e mais informações são despejadas em nossas mentes, pela mídia. Não acredito que todo esse circo seja necessário para esse caso, não que ele mereça cair no esquecimento ou não possua importância alguma. A cobertura do caso acabou indo longe demais, assim como a falta de envolvimento da maior parte das pessoas. Essa semana foi a primeira vez que pudemos ver protestos de uma pequena parcela da população contra o casal. Após mais de três semanas de caso, o quê levou apenas nesta algumas pessoas saírem às ruas e gritarem contra o casal em frente a casa dos pais da madrasta?

Deveríamos abrir os olhos para o caso e analisarmos de outra maneira; não apenas como mais um caso João Hélio. Esse caso, especificamente, é o espelho do Brasil e de sua sociedade. Cresce na alma do povo uma camada espessa de metal; estamos com o coração duro, cada vez mais cínicos e passivos diante às brutalidades. Citarei um grande pedaço do artigo de terça-feira, de Arnaldo Jabor: “Como entender que um pai e uma madrasta possam ter ferido, estrangulado e atirado uma menininha de 5 anos pela janela? Como entender a cara sólida e cínica que eles ostentam para fingir inocência? Como não demonstram sentimento de culpa nenhum? Ninguém berra? Ninguém chora? Como podem querer viver depois disso? Como essa família toda – pais, mães, irmãos - se une na ocultação de um crime? Como o avô pôde dizer com cara-de-pau que ‘se meu filho fosse culpado eu denunciaria’? Que quer essa gente? Preservar o bom nome da família? Mas, são parentes ou cúmplices? Como podem os advogados de defesa posar de gravata e terninho e cara limpa, falando de uma ‘terceira pessoa’? Sei que eles responderiam: ‘todos têm direitos de defesa...’, mas, como é que eles têm estomago?”. É impensável que tamanho horror tenha acontecido dentro de uma família de classe média; levando a crer que as mudanças estão, além de tudo, dentro das casas de cada brasileiro. Talvez a única pessoa mais sensata dentro do caso seria a mãe da garota, Ana Carolina Oliveira, que tenta retomar sua vida e deseja justiça; comentou: “As pessoas querem que eu faça escândalo. Não vai acontecer. Nada vai trazer minha filha de volta e eu quero seguir”.

A polícia brasileira mostra muita eficiência pericial no caso Isabella, porém não podemos dizer o mesmo de nossa estrutura penal; defasada perante o crescimento e a “inovação” da barbárie. Não apenas nesse caso, mas em muitos, os “condenados” estão pelas ruas; livres, leves e soltos. Com o crescimento da crueldade, se podemos dizer, as leis de execução penal deveriam ser mais eficientes, rápidas, com punições mais temíveis e relativamente cruéis, violentas e mais rápidas, também. Não há mais como tolerar todos esses crimes horríveis e, muito menos, nossas leis antiquadas; os crimes devem ser estudados e as penas devidamente revistas. A lei deveria ser mais temida, rápida e cruel.

Talvez esteja na hora da justiça abrir os olhos e perceber a realidade ao seu redor; quem sabe com uma ajuda da mídia. É incontestável os criminosos, por meio da lei, conseguirem viver soltos ou sem julgamento; parece que nos dias de hoje o melhor é ser pego e deixar que a lei o liberte, ou faça com que o caso fique pendurado por anos e anos. Podemos ver com o passar dos anos que a lei realmente é cega, ou apenas aparenta ser; o cidadão possui direitos, mas existem direitos para esses monstros que encontramos soltos por aí? Para se ter direitos, tem que ser cidadão e cidadania é merecimento.

Acredito que ninguém parou para pensar do por que de tantos crimes contra as crianças. Por que existe tanto ódio para ser descontado em pessoas inocentes e sem meio de se defender? Nenhum caso de violência contra a criança pode ser explicado. Jabor em seu texto lança a pergunta que todos nos fazemos para cada caso desses: “Por que eles fizeram isso?” e lança a resposta mais coerente que existe: “Por nada...”

domingo, 13 de abril de 2008

Latino das Europa!

Gostei do erro de português, não comentem!

Bom, hoje era apenas mais um dia comum, em uma cidade comum, com alguns amigos pouco comuns (eu diria, totalmente loucos e doentes), até um desses lunáticos me mostrar algo que marcará para sempre a minha vida: Günther - The Pleasureman!! Um suéco, com mais cara de argentino do que qualquer coisa (bigodinho e mullets), metido a canastrão, pegador e derivados.

Foi simplesmente algo mágico, grotesco e engraçadíssimo; tanto que perguntei no minuto seguinte se esse cara era real e era para ser levado a sério (se sim). Tude indica que esse belo rapaz está nas paradas de sucesso das boates européias com suas músicas baladeiras; digo que seria algo interessante de se ouvir e ver nas pistas brazucas. Observação: as coisas mais importantes na vida desse cara, de acordo com seu site (sim e leve a sério) são champagne, glamour, sexo e respeito (Meu Deeeeeus!).

O melhor de tudo não é ouvir a música, mas, sim, ver os clipes e principalmente nosso canastrão Günther; as músicas são bem interessantes e dançantes. As frases das músicas são demais, por exemplo, em Ding Dong Ding: Oh! You touch my tralala! Hahahahaha, genial; detalhe para a voz sensual de nosso colega. Não, os hits do pleasureman não são apenas créditos dele próprio; as The Sunshine Girls estão na parada com ele em todas as músicas. Gostosas para dedéu (nos clipes, não há como saber se realmente são essas que cantam).

Por favor acessem o site oficial desse deus das pistas, Pleasure Me Now!, e notem a entrada do site; não aguentei e ri por um bom tempo, além de reclamar por um bom tempo e tentar entender se era algo realmente sério. Não tenho palavras para explicar essa figura, todos terão que conhecer as músicas, o site, os vídeos; tudo! Não tenho palavras, é muita emoção
Já sabemos quem dominará o mundo!

"Vídeos":


Sensualidade é o lema:

Este post será o primeiro de muitos sobre o bizarro. Aguardem dança do quadrado, la pequeña Amy e Hillary e muito mais.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Alegrias e Tristezas

É incrível como o nosso humor é algo tosco. Uma frase meio pesada pra um começo de texto, mas fazer o que? Por que quando estamos pra baixo, e total pensamento “emo, quero me matar agora mesmo”, escutamos músicas depressivas e melancólicas? Não bastaria escutar Shiny Happy People, do REM, e sair saltitando pelas ruas felizes e coloridas da vida? Duvido que ninguém se renda a Alright do Supergrass, acredito ser a música mais chiclete de todos os tempos; em que propaganda esse karma passava mesmo? Quem nunca quis uma música alegre de morrer para correr que nem uma desvairada pela estrada de tijolos amarelos da Dorothy Ventania, que atire a primeira pedra!

Essas coisas são interessantes. Estamos depressivos e escutamos músicas depressivas. Você, não você leitor, é corno e escuta seu sertanejão para “melhorar”. Amor não correspondido? Tem também, amigo! Momentos de solidão, aquela música calminha, fim de festa que ninguém escuta; você está lá, curtindo. Há ainda o combo master: depressivo, amor não correspondido, bebum e chato; acho que escutará um Reginaldo Rossi, acredite! Acredito que certas regras da matemática funcionam para estes casos: menos com menos dá mais e mais com mais ainda da mais. Explicando: depressivo com música depressiva, combinação perfeita; bobo alegre com música incrivelmente alegre, também funciona. Não sei exatamente se tal pensamento funcionaria para todos os casos, existem n estilos de músicas e cada pessoa tem seu jeito próprio de reagir a cada acorde na oréba.

É realmente difícil definir uma teoria, estou começando a entender todos os estudiosos que chegam à beira da loucura por causa de suas idéias. Existem falhas nos sistemas, sempre. O que aconteceria caso um depressivo escutasse um YMCA? Simples: não há como ficar parado ouvindo YMCA, todos se revelam nesses momentos áureos de formaturas, bailes de debutante e até mesmo passando em frente a uma Loja Pernambucanas. Isso é fato, aposto que até um mendigo sairia dançando loucamente.

Michael Jackson, todos se rendem ao rei do pop. Acho que nunca vi alguém parado enquanto algum hit desse deus tocou nas pistas (quem vê pensa que sou badalado), é impossível. Agora é a hora da verdade: quem NUNCA fez a coreografia de Thriller e, ainda por cima, cantando?! Aposto que ninguém levantou a mão. Poderíamos criar um dia Thriller, já que existe o dia do pulo; um dia em que todas as pessoas do mundo saem as ruas para fazer a coreografia mais conhecida de todos os vídeos clipes da face da terra! É....não!

Há uma lista infinita de músicas que não conseguimos ficar parados. Diria que a maioria são clássicos dos anos 70/80 e começo dos 90. Os anos 80 é algo totalmente fora do comum, há de tudo: músicas incrivelmente alegres, mas, também, as músicas incrivelmente depressivas e melancólicas; exemplos? Claro que tenho! Men at Work, Michael Sembello (clássica música do filme Flashdance: She’s a Maniac), A-HA, Bon Jovi, Queen, Culture Club (must-listen Karma Charmeleon), Dire Straits, Survivor (Eye of the Tiger, sempre), Bruce Springsteen, The Police, Paul McCartney, Van Halen, entre muitas outas bandas das alegrias dos 80. Para dar um equilíbrio a tanta alegria, os anos 80 eram também tomados pelas bandas “darks”, infinitos nomes podem ser citados; por exemplo: Joy Division e The Cure (também possuía suas músicas alegria, muito boas por sinal).

Acho que me exaltei um pouco. Podemos perceber que há um certo equilíbrio no meio musical: não existe tanta música alegre e também não existe tanta música melancólica. Elas se completam, não poderia existir música alegre sem a triste e vice-versa; assim como há bandas que possuem suas músicas alegres e tristes. Tudo depende do tempo e de como as pessoas estão reagindo em determinada hora, cada um tem vontade de escutar um tipo de música para algum momento de sua vida. Se algo te faz bem e você acredita nisso, vale a pena. Música é feita para agradar a si em primeiro lugar, tudo bem que existem músicas que são feitas necessariamente para o mercado, mas isso é outra história. Muitos músicos fazem músicas para si e quem quiser se identificar estará com sorte. O mundo é assim.


Obs: Logo mais postarei videos interessantes, fiquem ligados =)