sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Silêncio no salão

O homem é um ser de momentos. Um ser feito da comunicação e para ela, mas, talvez, de todos os momentos vividos pelo homem, o mais constrangedor seja o da falta de assunto.

Pior sensação do que o rápido balde de água fria durante aquela acalorada conversa de mesa de bar não há. Em meio à gritaria e discussões geradas por tal catedral da bebida, nos deparamos com a brusca quebra de assunto para uma das cenas, certamente, mais engraçadas – vista de fora – de mais um fim de semana batuta. Chega a ser inevitável. O assunto irá cessar, sem escapatória, pois a falta de assunto te paga daqui, te pega de lá.

Nesse momento, do ápice do não-assunto, encontramos as já citadas cenas hilárias, como: entreolhares encabulados, assobios, brincadeira dos dedos e até mesmo olhares vagos em busca do assunto perdido. Para tal hora existe uma certa tabela de conversas para se jogar fora, muito úteis para elevadores: futebol – como ta o mengão, timão, parmerão e todos os “ãos” -, Lula – sempre bom meter o pau, mesmo sem motivo -, mulheres gostosas – novamente, inevitável – e por ai vai.

Qual o principal assunto que reinará perante os demais, tão pequenos e frágeis em momentos tão difíceis? A maldita fofoca, ou como queira chamar o ato de degradação alheia. Começa com o Lula, ou com a vizinha que está recebendo o amante em casa. Esse tema dá caldo; hipócrita é o ser que negar a vontade de contar fofoca, todos fazem. De alguma forma, se você não fizer de alguém, terá sempre outro para fazer por você ou, até mesmo, sobre você.

Como todo episódio do He-Man, o que aprendemos hoje é: fofoque! É o assunto para todas as rodadas, é o que dá ibope e deixa a galera inflamada. Dessa forma, o assunto jamais acabará e o silêncio não reinará no salão.

2 comentários:

Unknown disse...

O-D-E-I-O fofocas >< uahuha

Anônimo disse...

O-D-E-I-O fofocas [2]