quinta-feira, 3 de abril de 2008

Alegrias e Tristezas

É incrível como o nosso humor é algo tosco. Uma frase meio pesada pra um começo de texto, mas fazer o que? Por que quando estamos pra baixo, e total pensamento “emo, quero me matar agora mesmo”, escutamos músicas depressivas e melancólicas? Não bastaria escutar Shiny Happy People, do REM, e sair saltitando pelas ruas felizes e coloridas da vida? Duvido que ninguém se renda a Alright do Supergrass, acredito ser a música mais chiclete de todos os tempos; em que propaganda esse karma passava mesmo? Quem nunca quis uma música alegre de morrer para correr que nem uma desvairada pela estrada de tijolos amarelos da Dorothy Ventania, que atire a primeira pedra!

Essas coisas são interessantes. Estamos depressivos e escutamos músicas depressivas. Você, não você leitor, é corno e escuta seu sertanejão para “melhorar”. Amor não correspondido? Tem também, amigo! Momentos de solidão, aquela música calminha, fim de festa que ninguém escuta; você está lá, curtindo. Há ainda o combo master: depressivo, amor não correspondido, bebum e chato; acho que escutará um Reginaldo Rossi, acredite! Acredito que certas regras da matemática funcionam para estes casos: menos com menos dá mais e mais com mais ainda da mais. Explicando: depressivo com música depressiva, combinação perfeita; bobo alegre com música incrivelmente alegre, também funciona. Não sei exatamente se tal pensamento funcionaria para todos os casos, existem n estilos de músicas e cada pessoa tem seu jeito próprio de reagir a cada acorde na oréba.

É realmente difícil definir uma teoria, estou começando a entender todos os estudiosos que chegam à beira da loucura por causa de suas idéias. Existem falhas nos sistemas, sempre. O que aconteceria caso um depressivo escutasse um YMCA? Simples: não há como ficar parado ouvindo YMCA, todos se revelam nesses momentos áureos de formaturas, bailes de debutante e até mesmo passando em frente a uma Loja Pernambucanas. Isso é fato, aposto que até um mendigo sairia dançando loucamente.

Michael Jackson, todos se rendem ao rei do pop. Acho que nunca vi alguém parado enquanto algum hit desse deus tocou nas pistas (quem vê pensa que sou badalado), é impossível. Agora é a hora da verdade: quem NUNCA fez a coreografia de Thriller e, ainda por cima, cantando?! Aposto que ninguém levantou a mão. Poderíamos criar um dia Thriller, já que existe o dia do pulo; um dia em que todas as pessoas do mundo saem as ruas para fazer a coreografia mais conhecida de todos os vídeos clipes da face da terra! É....não!

Há uma lista infinita de músicas que não conseguimos ficar parados. Diria que a maioria são clássicos dos anos 70/80 e começo dos 90. Os anos 80 é algo totalmente fora do comum, há de tudo: músicas incrivelmente alegres, mas, também, as músicas incrivelmente depressivas e melancólicas; exemplos? Claro que tenho! Men at Work, Michael Sembello (clássica música do filme Flashdance: She’s a Maniac), A-HA, Bon Jovi, Queen, Culture Club (must-listen Karma Charmeleon), Dire Straits, Survivor (Eye of the Tiger, sempre), Bruce Springsteen, The Police, Paul McCartney, Van Halen, entre muitas outas bandas das alegrias dos 80. Para dar um equilíbrio a tanta alegria, os anos 80 eram também tomados pelas bandas “darks”, infinitos nomes podem ser citados; por exemplo: Joy Division e The Cure (também possuía suas músicas alegria, muito boas por sinal).

Acho que me exaltei um pouco. Podemos perceber que há um certo equilíbrio no meio musical: não existe tanta música alegre e também não existe tanta música melancólica. Elas se completam, não poderia existir música alegre sem a triste e vice-versa; assim como há bandas que possuem suas músicas alegres e tristes. Tudo depende do tempo e de como as pessoas estão reagindo em determinada hora, cada um tem vontade de escutar um tipo de música para algum momento de sua vida. Se algo te faz bem e você acredita nisso, vale a pena. Música é feita para agradar a si em primeiro lugar, tudo bem que existem músicas que são feitas necessariamente para o mercado, mas isso é outra história. Muitos músicos fazem músicas para si e quem quiser se identificar estará com sorte. O mundo é assim.


Obs: Logo mais postarei videos interessantes, fiquem ligados =)

5 comentários:

Anônimo disse...

Falou e disse!

MJ é o rei. Ainda que falido...

Anônimo disse...

Sempre pensei: Seria a música determinante do humor, ou o humor é que determina a música?
Acho que as duas coisas funcionam, e muito bem....


mas tudo bem, hoje é um dia, ou uma noite, como todas as outras.E o que faremos?

TENTAR DOMINAR O MUNDO

GRUPO DE SOM disse...

ACho que isso é uma teria mirabolante 2...
tenho essa teoria tambem.. pq qndo triste a gente ouve musica triste?
o legal seria ouvir uma alegre pra gente ficar menos triste..
mas... a gente é esquisito :D

Anônimo disse...

Rafa!!!
eu, como comentadora mais nova-chata-legal-blogueira que você tem/terá, devo fazer algumas observações (boas e ruins).

Pois aqui estão:
1. "Há ainda o combo master: depressivo, amor não correspondido, bebum e chato;"
[realmente um combo master]

2. "um dia em que todas as pessoas do mundo saem as ruas para fazer a coreografia mais conhecida de todos os vídeos clipes da face da terra!"
[se as pessoas saem, elas saem PARA algum lugar. logo, "as ruas" têm acento: às ruas - hahahaha]

3. acho que não conheço, não tenho nenhum amigo, que entenda/goste mais de música do que você.

Adorei, viu? Tem futuro como jornalista. hahahah :)
Beijão

[ps.: precisa desse tanto de letra pra confirmar um comentário? quase desisti]

Ricardo Gouvêa disse...

De fato, eu diria que a música reflete muito nossas emoções e nela nos amparamos em muitos momentos (tristes ou não).
Ah rafa, vc conseguiu listar parte das minhas bandas favoritas. Sim,sou muito anos 70/80, ás vezes acho até que nasci na época errada.