terça-feira, 28 de setembro de 2010

Raspa a franja e deixa a barba


Com o lançamento do novo disco da Fresno, Revanche, e o sucesso de um de seus projetos, o Beeshop, o vocalista Lucas Silveira se vê no momento mais maduro da carreira. “Dá mais vontade de trabalhar e fazer acontecer.”

Lucas Silveira é pontual ao falar de “Revanche”, o mais recente álbum da Fresno: “O novo disco deve surpreender os mais desavisados”. Após 10 anos de estrada, cincos discos de estúdio e diversos prêmios, a revanche do quarteto gaúcho marca uma nova fase. “Estamos em outro momento das nossas carreiras. Julgamos necessário arriscar mais, e as músicas saíram naturalmente diferentes de tudo que a gente já fez”, explica Lucas.

Agora com o nome consolidado entre os fãs e no cenário nacional, a banda larga a sonoridade extremamente pop de Redenção, 2008, e segue por um caminho mais pesado, dando espaço para riffs de guitarra mais trabalhados. Em “Deixa o Tempo”, primeiro single do novo disco que já tem cara de hit, transparece um clima mais “sombrio”, juntamente com o amadurecimento musical dos integrantes. A introspecção e auto-análise parecem maiores que nunca em suas roupas pretas e jaquetas de couro.

“Acho que agora as pessoas conhecem meu outro lado como músico, compositor e também produtor”, analisa Lucas ao fazer o balanço do espaço conquistado nesses anos. Através dessa oportunidade que um dos alteregos do vocalista ganhou forma e disco, o “The Rise and Fall of Beeshop”. Compondo e gravando grande parte do eclético material da Beeshop, Lucas explica seu Frankstein privado: “Tudo partiu de devaneios que venho registrando ao longo dos últimos cinco anos. É uma produção chefiada por mim”.

As influências de bandas norte-americanas e o gosto pessoal na composição são evidentes. A sonoridade transita do tradicional rock jovem de Copeland e Dashboard Confessional ao jazz das big bands de grandes cantores como Frank Sinatra e do rock clássico dos Beatles. “O que as músicas pediam, eu colocava. Por isso é que o disco tem uma sonoridade tão ampla e as músicas são tão diferentes entre si”, explica.

Impressionando a crítica e garantindo um novo sucesso, o músico começa a ser enxergado com maior seriedade que antigamente, quando era considerado apenas mais um vocalista de banda adolescente. “Estou muito feliz com a recepção do disco, especialmente entre as pessoas que não ouvem ou não gostam de Fresno. Isso mostra que a minha intenção de fazer algo diferente realmente surtiu um efeito”, reflete Lucas, que não se sente nenhum pouco intimidado com o futuro. “É excitante não saber como vai ser. Dá mais vontade de trabalhar e de fazer acontecer”, completa.

2 comentários:

blackpeoplemeet disse...

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