Interessante notar que em todo final de ano aparecem pessoas para fazer listas. Top 535 das melhores bandas que tocam em Dó menor do ano, Top 10 dos dias mais bonitos ou Top 3 dos palhaços mais legais. Os leitores do G1 também tiveram a chance de serem críticos uma vez na vida e votaram nos melhores da música e o mico de 2008. Já digo que não é uma lista que irá mudar sua vida, querido leitor.
Eu avisei.
Não acho uma perda de tempo, mas talvez seja uma idéia meio besta de julgar os melhores do ano X. O gosto sempre prevalece, jamais será algo imparcial. E é aí que todos viramos uns críticos por alguns minutos, no mesmo estilo quando vamos ao cinema e comentamos os trailers - será o único momento que você realmente será um crítico:
- Uh, esse filme será fenomenal. Temos que ver de qualquer maneira - Não, não. Não me parece ter uma grande história, será apenas mais um filme hollywoodiano.
Sei que você faz isso! Faça sua lista também, e aguarde impacientemente o próximo ano.
E, na minha modesta opinião, uma das grandes novidades da semana foi o lançamento do trailer do X-Men Origins. Simplesmente divino, esse filme promete para 2009. O lançamento está previsto para maio, nos EUA. Espero com muita alegria por aqui.
E não é que finalmente fizeram algo pra mostrar ao ex-presidente dos Estado Unidos da América o quanto ele é amado pelo mundo? Chamemos de: "O ataque dos sapatos assassinos". Interessante notar que George W. Bush está bem acostumado com objetos bem identificados lançados contra seu corpo. Devem ser anos de treinamento com sua esposa, mãe, pai e amigo de governo.
Pra quem não viu o que pode ser considerado o vídeo da semana - 1 min 13 seg:
Todos que, alguma vez na vida, ouviram a rádio Antena 1 devem conhecer a música You're So Vain, de Carly Simon. Agora, ver o Foo Fighters tocando essa música, classiqueira dos anos 80, não tem preço. Enquanto eles não fazem a dita pausa até sentirmos falta, o FF tocou durante a festa dos indicados ao Grammy 2009 o hit de Simon.
Ontem, 9, estreiou na Globo a nova mini-série em 5 capítulos, Capitu. Muitas pessoas, já no primeiro capítulo, ficaram interessadas em uma das músicas colocadas na série. Aqui, então, está o clipe Elephant Gun da banda Beirut, donos da música.
Estamos próximos do Natal, e, como qualquer outra pessoa durante essa época, resolvi fazer minhas compras. Como todos os anos, decidi ter um pouco mais de música na minha vida. Meu momento Daslu musical resultou em poucas mercadorias, até: três DVDs e um CD. Veremos se reconhecem minhas conquistas. DVDs: I'm Not There (Não Estou Lá) - uma biografia/não-biografia de Bob Dylan -, My Blueberry Nights (Um Beijo Roubado) - estréia da cantora Norah Jones nos cinemas - e Acústico MTV Julieta Venegas - cantora mexicano com uma linda voz e som único. CD? Apenas o novo de Lenine, Labiata. Onde se interligam tais DVDs? Na música, claro! Bons filmes, com grandes trilhas e grandes atores, precisa de algo melhor? É obvio que minha pessoa gostaria de muito mais CDs e DVDs, além de livros, mas foi o que deu para comprar com o dinheiro do momento. Então, passar vontade.
Não Estou Lá I’m not There Dir: Todd Haynes EUA, 2007 - 135 min
Nada melhor que uma biografia não biografia de Bob Dylan, é dessa forma que considero I'm Not There. O filme pode ser considerado uma biografia do ícone musical - duplo clique nele -, poeta e porta-voz de uma geração, no entanto foge do convencional. Nada de entrevistas, imagens de arquivo e tudo que podemos encontrar no documentário, de DVD duplo, No Direction Home - Bob Dylan, de Martin Scorsese.
Mas o que acontece de tão diferente, você pergunta? Como todos sabem, ou deveriam saber - ou não -, Dylan é marcado por fases em sua vida. E, em I'm Not There, o diretor Todd Haynes nos mostra, através de seis atores diferentes, tais fases de Bob Dylan (Christian Bale / Cate Blanchett / Heath Ledger / Marcus Carl Franklin / Richard Gere / Ben Whishaw).
O resultado de tal mirabolante idéia é o retrato de diferentes Dylans: poeta, profeta, marginal, astro, mártir do rock e um cristão renascido, todos brilhantemente interligados. Nada de muito difícil para o diretor, que já combinou, em Velvet Goldmine, as biografias de músicos como, David Bowie, Iggy Pop, entre outros para caracterizar o movimento glam.
Veja o Trailer - 1min 48seg:
Um Beijo Roubado My Blueberry Nights Dir: Wong Kar Wai China / França, 2007 - 111 min
Em um ambiente de boa música que a cantora Norah Jones estréia nos cinemas, além de ser a estréia do diretor - sendo seu primeiro filme em inglês. Na trilha do filme encontramos uma música inédita da, agora, atriz, além de músicos como Cat Power, Ry Cooder, Otis Reddin, Amos Lee, entre outros.
Vamos à história: Jeremy (Jude Law) é dono de um bar em Nova York. Ele coleciona chaves de clientes que partem para longe ou que tem seus corações partidos por antigos amores. Elizabeth (Norah Jones) é uma garota que aparece em uma noite acreditando que seu namorado tem outra mulher. Conversando com Jeremy, ela logo descobre que está certa.
Elizabeth volta para o bar de Jeremy e passa a noite ali, comendo uma “torta rejeitada” - a famosa blueberry pie, ou torta de mirtilo - pelos clientes e bebendo até adormecer. Após esta noite, ela decide embarcar numa jornada através da América do Norte. No meio do caminho, ela irá encontrar uma série de personagens incomuns. Jeremy acompanha por cartas e telefonemas toda a aventura de sua nova paixão.
Com uma bela fotografia, novamente sem esquecer da trilha sonora, My Blueberry Nights é dica certa nas locadoras.
Não entendo porque certas pessoas possuem aversão aos musicais. Começamos a conversar sobre filmes que vimos recentemente e desejamos recomendar, mas quando citamos um filme que é musical a pessoa faz aquele nariz torto.
Foi exatamente isso que aconteceu quando tentei comentar sobre um filme (musical) que vi recentemente: Once (Apenas uma vez, aqui no Brasil). Tudo ia bem até citar que era um musical. Musicais são ótimos, esse também não deixa a desejar. O mais interessante sobre Once, além das boas canções, é a simplicidade em todos seus aspectos; não existe filme mais simples para ser explicado do que esse.
Once é um longa-metragem irlandês - recém lançado por aqui -, escrito e dirigido por John Carney, estrelado e cantado por Glen Hansard (cantor de uma banda irlandesa chamada The Frames) e Marketa Irglova (cantora e pianista Tcheca). Resumindo, o filme trata da mais pura e simples amizade que se forma entre dois desconhecidos. Podemos ir mais além: ele (Glen) é um talentoso músico de coração partido, que vive de consetar aspiradores de pó com o pai e tocar pelas ruas de Dublin, Irlanda; ela é uma vendedora de rosas, que rapidamente se identifica com a música do rapaz, e os dois iniciam uma amizade por conta dessa identificação.
Voltando ao simples e acrescentando ao realismo, o filme pode até mesmo ser considerado um conto de fadas moderno. Devido ao fato de Glen e Marketa serem músicos e amigos na vida real, fez com que o filme tivesse uma química diferente; o filme corre naturalmente, sem clichês ou exageros. Once é envolvente devido, novamente, a simplicidade, delicadeza, realismo e pelas belas músicas.
As canções foram feitas pelos próprios protagonistas, que ganharam até mesmo um Oscar de melhor trilha sonora. As letras são profundas e emocionantes - que encaixam perfeitamente -, melodias cativantes e simplicidade nos instrumentos, violão, piano e voz. Once se torna um musical diferenciado por não possuir um cenário a ser enquadrado, sem coreografias e exageros. Trata-se apenas da lingua que todos falam: a música e a paixão, pura e simples.
Once é muito mais do que recomendado! Para quem gostou de O som do coração, talvez seja uma boa pedida em sua locadora favorita. Assista com vontade, aprecie às músicas e toda a emoção envolvida, sem se importar com o baixo orçamento. O foco do filme são os personagens, pessoas que, muito bem, poderiam ser nós mesmos.