segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Eterno Andar

Andar pela cidade. Andar pela cidade fazia sua cabeça funcionar.

Colocava os pensamentos em ordem; mas que ordem?

Nunca acreditou que os pensamentos e desejos tivessem uma ordem lógica.

"Como podemos ordenar coisas que não somos nós que escolhemos?"

Estaria ele em busca de algo.

O que seria?

Nem ele sabe.

Talvez quando achar, descubra e se complete.

Incansável procura do complemento de seu vazio interior.

Agora entende a relação da busca e seu andar incessante pela cidade.

Jamais fora para a organização de idéias, que não acreditava.

Mas o que procura?

O que espera?

Sente no ar algo inacabado, o cheiro que traz lembranças.

Nunca entendeu o sentido delas; boas ou ruins?

O que procura?

Procura por algo mais?

Interminável.

Ciclo.

Vicioso.

E sem fim.

Talvez não estivesse preparado naquele momento.

Ele se equivocou.

Um erro atrás de outro fazia gastar aquilo que não era concreto.

Não conhecia o seu melhor lado, descobria-se em meio à multidão.

Guardava para si coisas que não julgava importante.

Acumulava os sentimentos que, futuramente, iriam se tornar seu BigBang.

Sua destruição.

Para sua criação.

Renascendo.

Como uma fênix.

Como a fênix, que da morte tira seu proveito.

Mas ele não entende como.

Ela.

Bela e majestosa.

Que renasce mais revigorada e vivida.

Possa não conter as cicatrizes do passado.

Já que ele as têm,

Eternamente.

2 comentários:

Anônimo disse...

...vou dar uma volta pela cidade,
já volto!


adoro as coisas que você escreve, Rafa!
muito boas...

Marina Bellini disse...

dou voltas indo da facamp pra casa e vice e versa, quando não me dão carona e acredite se quiser... carona está em falta =(