quarta-feira, 25 de junho de 2008

Cook, mais que Cook

Incrível como algumas bandas entram em nossas vidas para nunca mais saírem. Tenho uma boa lista de bandas que considero eternas em minha playlist, mas não entrarei nesses detalhes. Estou aqui para falar do meu mais novo, não tão novo assim, vício musical: David Cook.
Não tenho palavras para descrever tal músico. Talvez destruidor. Fantástico. Mágico. Sublime. Mestre. Brilhante. Gênio. Diria batalhador e, agora, um vencedor. Como alguns sabem, ele foi o grande escolhido como o ídolo americano; vencedor, por lavada, do programa que pára os EUA, o American Idol.
Descobri David Cook meio que sem querer, nunca fui de acompanhar o American Idol; apenas assistia esporadicamente. Sempre achei hilária a seleção dos cantores que iriam para Hoolywood; é algo único e engraçadíssimo. Incrível como tem gente que não tem noção das coisas – de bizarrice e sem noção apenas os programas brasileiros do mesmo estilo conseguem bater o AI.
Mas essa temporada passada, não sei o porque, resolvi acompanhar desde seu começo; dessa maneira descobri o mestre David Cook. O cara já me conquistou de primeira cantando Livin’ on a Prayer, do Bon Jovi; uma versão realmente foda, não tão alta como a original, mas com muita qualidade. A partir desse momento foi que acompanhei religiosamente o programa, com a intenção de sempre assistir as performances desse músico batalhador.
David não foi apenas um cara jogado no programa, possuía já uma carreira musical. CDs lançados com uma antiga banda de amigos – Axium, que é realmente muito boa -, um EP com outra banda (apenas tocando guitarra) – Midwest Kings – e um CD solo. Duro de acreditar que um cara que não era nem um pouco famoso tivesse um CD solo, que é genial; muito bem trabalhado, bela composição, arranjos e tudo que um bom álbum tem direito. Amador? Nem tanto. Apenas faltava um empurrãozinho, que viria adiante.
Dono de uma excelente voz e uma originalidade admirável, David semana após semana foi conquistando cada vez, não só os Estados Unidos, como o mundo. O programa revelava seu jeito singular de adaptar as músicas, versatilidade e ousadia. Músico arriscado! De Hollywood à final do programa Cook me deixava mais e mais espantado; já era um fã, ele havia me conquistado simplesmente com a música que mais curto do Bon Jovi.
Com o passar do programa me empolgava esperando a próxima semana para vê-lo novamente e descobrir o que ele havia feito dessa vez nas músicas. O estilo? Acho que já deu para deduzir: Rock n’ Roll! Nada como fazer todas as músicas, semana após semana, com um dos melhores estilos existentes; além de que essa é a praia de David Cook. Do peso às baladas, e porque não um desafio? Na semana de Andrew Lloyd Webber, Cook cantou The Music of the Night, do The Phantom of the Opera; o maior desafio já proposto para esse grande músico. Resultado? Música destruidora. Jurados boquiabertos. E mais uma conquista.
Nessa altura do programa Cook já possuía sua fama, tudo que havia tocado o tinha glorificado; covers brilhantes que pareciam músicas originais. A lista das músicas é extensa, destaco algumas: Hello, de Lionel Richie; Eleanor Rigby e Day Tripper, dos Beatles; Billie Jean (!!!), Michael Jackson; Little Sparrow, de Dolly Parton; Always Be My Baby, da Mariah Carey; e muitas outras. Inimaginável a dificuldade para escolher as melhores de David Cook, é realmente um desafio para mim.
Sou um fã de músicas que não foram tão bem aceitas no programa, não entendo o motivo. Innocent, da Our Lady Peace; duas músicas excepcionais do Neil Diamond; Hungry Like the Wolf, Duran Duran; Baba O'Riley, The Who; Dare You to Move, Switchfoot; I Don't Want to Miss a Thing, Aerosmith; I Still Haven't Found What I'm Looking For; U2; uma balada escrita por Emily Shackleton, que foi transformada em uma das músicas mais legais e pegajosas que já ouvi, Dream Big; The World I Know, Collective Soul. Foram músicas simples, diretas, sem muita enrolação, mas que transmitiam algo a mais; um sentimento único, coisa que David Cook consegue facilmente.
Não são todas as pessoas que conseguem perceber sentimentos dentro das músicas, não digo apenas nas letras; às vezes apenas a melodia pode nos levar a outro mundo, algo que nunca sentíamos antes. Talvez esteja achando que estou “viajando”, mas, para mim, cada música traz alguma mensagem e sentimento; tanto de quem escreveu, mas, também, o que ela significa para cada pessoa. O poder da música é algo inimaginável e que atinge facilmente quem a nota. Por isso, decidi escrever tudo isso como uma forma de agradecimento ao grande músico que David Cook é, e uma forma de homenagem tanto à ele, quanto às suas músicas.
É fabuloso todo seu trabalho e sua jornada no meio musical. Mesmo se não ganhasse o American Idol, ele continuaria sendo mais famoso que o ganhador; assim como o Chris Daughtry em 2006. E a música da vitória? The Time of My Life! Realmente destruidora, só que mais puxada para a balada. Tudo bem, é simplesmente demais e não sai da minha playlist. Acredito que essa música, assim como as outras que ele escolheu, significa muito para o Cook. E para finalizar: EU TO ANSIOSO PRA CARALHO COM O NOVO CD DELE!! Está para sair lá por setembro; conto os dias!



segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Eterno Andar

Andar pela cidade. Andar pela cidade fazia sua cabeça funcionar.

Colocava os pensamentos em ordem; mas que ordem?

Nunca acreditou que os pensamentos e desejos tivessem uma ordem lógica.

"Como podemos ordenar coisas que não somos nós que escolhemos?"

Estaria ele em busca de algo.

O que seria?

Nem ele sabe.

Talvez quando achar, descubra e se complete.

Incansável procura do complemento de seu vazio interior.

Agora entende a relação da busca e seu andar incessante pela cidade.

Jamais fora para a organização de idéias, que não acreditava.

Mas o que procura?

O que espera?

Sente no ar algo inacabado, o cheiro que traz lembranças.

Nunca entendeu o sentido delas; boas ou ruins?

O que procura?

Procura por algo mais?

Interminável.

Ciclo.

Vicioso.

E sem fim.

Talvez não estivesse preparado naquele momento.

Ele se equivocou.

Um erro atrás de outro fazia gastar aquilo que não era concreto.

Não conhecia o seu melhor lado, descobria-se em meio à multidão.

Guardava para si coisas que não julgava importante.

Acumulava os sentimentos que, futuramente, iriam se tornar seu BigBang.

Sua destruição.

Para sua criação.

Renascendo.

Como uma fênix.

Como a fênix, que da morte tira seu proveito.

Mas ele não entende como.

Ela.

Bela e majestosa.

Que renasce mais revigorada e vivida.

Possa não conter as cicatrizes do passado.

Já que ele as têm,

Eternamente.